No final dos anos 60, em diversos países, eles saíram às ruas exigindo paz, liberdade, igualdade e respeito pelos direitos humanos. Nos anos 70, no Brasil, eles foram às ruas para manifestar-se contra o regime militar e muitos deles acabaram mortos pela ousadia de questionar a ditadura. No final dos anos 80, eles estavam nas primeiras filas exigindo liberdade civil e política nos países do bloco comunista. No Brasil, eles se organizaram e foram à luta com as "caras pintadas" e ajudaram a mudar o quadro político de então.
Mas agora, onde eles estão? Difundiu-se a notícia de que eles não se envolvem mais com as grandes lutas por justiça e liberdade e de que estão mais preocupados em garantir o próprio espaço no mundo. Em suma, difundiu-se a notícia de que eles fazem parte de uma geração incapaz de mudanças. E a julgar pelos "heróis" das telinhas, vem a tentação de admitir que os horizontes das novas gerações não vão além da própria satisfação.
Mas, felizmente, os verdadeiros heróis da juventude não são os que aparecem na telinha! Eles são muito mais silenciosos e humildes, mas continuam desafiando a sociedade a mudar. Talvez não saiam às ruas como antes, mas encontram sempre meios originais e criativos para exigir e realizar mudanças de paz, de justiça e de liberdade. Eles acreditam que apesar dos desafios que encontram diariamente, o mundo pode mudar, a partir do AMOR. Eles acreditam na fraternidade e estão empenhados em levá-la a todos, sem terem nada a invejar das gerações que os antecederam.
(Cidade Nova/Abril 2011. nº 4)
Postado por: Lia
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